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Colégio Estadual João Paulo I em greve a partir da próxima segunda-feira - Foto: Facebook/Col Est João Paulo Efm |
Além disso, foram incluídas demandas nacionais na pauta dos professores. A categoria é contra a Medida Provisória (MP) do Ensino Médio; contra a PEC do Teto de Gastos; e contra a reforma da previdência.
De última hora, os profissionais chegaram a votar uma proposta de greve apenas parcial, mas a ideia foi rejeitada. Alguns professores contrários à deflagração da greve alegaram o recuo do governo do estado na questão da data base da categoria e que a categoria começaria a paralisação enfraquecida.
A decisão pela greve é uma resposta à proposta do governador Beto Richa (PSDB) de suspender por tempo indeterminado o reajuste de todo o funcionalismo público estadual. Conforme o Executivo, a data-base deve ser quitada depois que todas as promoções e progressões devidas sejam implantadas e pagas no estado. No ano passado, Richa já havia se comprometido a pagar integralmente a inflação de 2016 aos servidores, acrescida de 1%, em 2017.
O governo, porém, argumenta que suspendeu o trâmite do projeto no Legislativo para que a questão possa ser debatida com os funcionários públicos. Para o dia 19, está convocada uma reunião com todas as categorias, na qual o Executivo pretende apresentar a situação financeira do estado e abrir espaço para que técnicos da Fazenda expliquem os números aos servidores.
“Queremos fazer tudo de forma muito transparente. Não adianta nos comprometermos com os servidores e, na metade do ano que vem, estarmos na mesma situação dos outros estados”, afirmou o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni. “Hoje mesmo recebi um email de um professor do Rio Grande do Sul me relatando que tem recebido o salário em parcelas de R$ 180. Felizmente estamos numa situação muito melhor e queremos continuar assim, num equilíbrio saudável das contas públicas.”
Colégio Estadual João Paulo I - Bom Sucesso
Os professores do Colégio João Paulo I comunicaram que aderiram a greve e que as aulas estão suspensas por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (17). Ainda de acordo com os professores, o motivo da greve é a data base que o governador Beto Richa não quer dar o direito adquirido aos servidores estaduais. "Beto Richa não está cumprindo o que ele se comprometeu com a categoria na última greve! O Sr Governador assinou um acordo se comprometendo a cumprir a data base em Janeiro e agora ele diz que não irá cumprir. Haverá uma reunião onde todos os servidores estarão aguardando uma negociação. A reunião está marcada para a próxima quarta-feira (29)", Destaca a nota enviada pelos professores do colégio.
Reposição das aulas
O calendário letivo deste ano se encerraria apenas no dia 21 de dezembro, por causa da greve de 2015. As escolas precisam cumprir anualmente um calendário com 800 horas aulas distribuídos em pelo menos 200 dias letivos. Em caso de paralisações por parte dos professores, ou por parte dos alunos, como no caso das ocupações, as aulas perdidas devem ser repostas.
Ainda não há definição de como será a reposição dos dias perdidos na greve deste ano, uma vez que ainda não é possível saber por quanto tempo os professores ficarão em estado de greve.
Grevistas terão salário descontado e perderão promoções e progressões
Diante da decisão dos professores – e também de outras categorias – de entrar em greve a partir de segunda-feira (17), o governo do estado irá descontar os dias parados do salário dos servidores que aderirem ao movimento. Além disso, eventuais grevistas não terão direito ao recebimento de progressões e promoções funcionais, que serão pagas a partir de janeiro. Segundo um representante do Executivo, diante da decisão unilateral do funcionalismo de iniciar uma greve antes da reunião marcada para o próximo dia 19, o governo entende ter o direito de tomar essas decisões.
Com informações do portal Gazeta do Povo
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